Poupança: como funciona o rendimento e quando vale a pena investir?

A poupança é, para muitas pessoas, o primeiro contato com o mercado financeiro. Por ser um investimento simples e acessível, tornou-se popular entre quem busca segurança para guardar dinheiro. No entanto, ainda compensa manter recursos nessa modalidade?

Este guia explica como a poupança funciona, quais são suas vantagens e quando pode ser interessante buscar outras opções de investimento.

Como funciona a Poupança?

A poupança é uma aplicação de renda fixa de fácil acesso. Qualquer pessoa pode abrir uma conta em um banco, inclusive menores de idade, desde que estejam acompanhados de um responsável legal. Para abrir a conta, basta apresentar os documentos exigidos pela instituição financeira escolhida e aguardar a aprovação.

Um ponto importante é que a rentabilidade da poupança é a mesma em qualquer banco. Isso significa que, independentemente da instituição escolhida, o rendimento será idêntico.

Taxas e custos

Uma grande vantagem da poupança é a isenção de custos. Diferente de outros investimentos, não há taxas de administração, abertura ou manutenção. Além disso, os rendimentos da poupança são livres de Imposto de Renda, o que pode ser atrativo para quem busca simplicidade na gestão do dinheiro.

Mesmo sem tributação, é necessário declarar os valores aplicados na poupança no Imposto de Renda caso o saldo ultrapasse R$ 140. Essa informação deve ser inserida na declaração anual.

Liquidez

A poupança tem alta liquidez, ou seja, o dinheiro pode ser sacado a qualquer momento sem burocracia. O resgate ocorre instantaneamente, tornando-se uma opção viável para quem deseja manter uma reserva financeira para emergências.

Isso difere de outros investimentos, como fundos multimercado ou ações, que podem exigir prazos mais longos para resgate ou estarem sujeitos à volatilidade do mercado.

Aniversário da poupança

Embora permita resgates diários, o rendimento da poupança é creditado apenas uma vez por mês, na data de aniversário do depósito. Isso significa que, se o dinheiro for retirado antes dessa data, o investidor perde todo o rendimento do período.

Diferente da poupança, investimentos como CDBs e fundos de renda fixa costumam pagar rendimentos diários. Isso permite que o investidor receba uma remuneração proporcional ao tempo em que manteve seu capital investido, mesmo que precise sacar antes de completar um mês.

Garantia do investimento

A poupança conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura um reembolso de até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira caso o banco enfrente problemas financeiros. Isso dá maior segurança ao investidor.

Porém, é importante lembrar que esse limite de cobertura vale para a soma de todos os investimentos em um mesmo banco, incluindo aplicações como CDBs e LCIs.

Como a poupança rende dinheiro?

Por muito tempo, a regra de rendimento da poupança permaneceu inalterada, levando muitas pessoas a acreditarem que ela ainda segue o mesmo padrão de antes. Inicialmente, a rentabilidade era de 6% ao ano, além da variação da Taxa Referencial (TR).

Atualmente, a regra mudou:

  • Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês mais a TR.

  • Se a Selic estiver abaixo desse patamar, o rendimento é de 70% da taxa básica de juros mais a TR.

Isso significa que, em cenários de juros baixos, a poupança pode ter uma rentabilidade inferior a outras opções de renda fixa.

Vale a pena manter dinheiro na poupança?

A poupança continua sendo uma opção válida para quem busca segurança e liquidez imediata, sem a preocupação com tributação ou taxas administrativas. No entanto, para quem deseja rentabilidade maior, existem alternativas mais vantajosas no mercado, como CDBs, Tesouro Direto e fundos de renda fixa.

Antes de decidir onde investir, é essencial avaliar seus objetivos financeiros e comparar as opções disponíveis para garantir o melhor rendimento para o seu dinheiro.