Início de semana com queda nos preços do ouro
Nesta segunda-feira, 28 de julho de 2025, os contratos futuros de ouro abriram em queda, cotados a US$ 3.321,10 por onça, representando um recuo de 0,4% em relação ao fechamento da última sexta-feira, que foi de US$ 3.334. O valor também está 3,5% abaixo do pico registrado na semana passada, de US$ 3.441.
Esse movimento de retração nos preços ocorre em meio a sinais de progresso nas negociações comerciais globais. Os Estados Unidos e a União Europeia anunciaram um acordo que impõe uma tarifa de 15% sobre produtos europeus importados pelos norte-americanos. Além disso, fontes da mídia chinesa informaram que EUA e China devem prorrogar o atual acordo tarifário por mais 90 dias. Segundo o governo norte-americano, países que ainda não fecharam acordos comerciais podem em breve ser alvo de novas tarifas.
Impacto nos mercados e pressão sobre o ouro
A resposta do mercado acionário às notícias foi positiva, com alta nos principais índices, alimentada pela perspectiva de tarifas reduzidas. Esse cenário reduziu a busca por ativos considerados refúgios, como o ouro, provocando sua desvalorização.
O ouro à vista caiu 1%, sendo negociado a US$ 3.304,87 por onça às 10h10 (horário de Nova York), atingindo seu menor valor desde 9 de julho. Já os contratos futuros nos Estados Unidos recuaram 0,6%, para US$ 3.320,20 por onça. O índice do dólar americano (DXY) subiu para o maior nível em uma semana, tornando o ouro mais caro para compradores internacionais.
Segundo Edward Meir, analista da Marex, “quanto mais acordos comerciais forem anunciados, mais o dólar tende a se fortalecer. Esses acordos favorecem a moeda americana e reduzem a atratividade do ouro, provocando vendas em um ambiente de maior apetite por risco.”
Balanço recente dos preços do ouro
No comparativo semanal, o preço do ouro acumula queda de 0,9%, considerando que em 21 de julho a onça era cotada a US$ 3.350,30. No período de um mês, a desvalorização foi de 0,3%, em relação aos US$ 3.332,40 registrados em 26 de junho. No entanto, o desempenho anual segue expressivo: desde 26 de julho de 2024, o ouro acumula alta de 40,2%, quando era cotado a US$ 2.368,70 por onça.
Expectativas para política monetária nos EUA
O mercado aguarda atentamente a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), do Federal Reserve, que se encerra na quarta-feira. A expectativa é de que a taxa básica de juros seja mantida entre 4,25% e 4,50%. Mesmo assim, muitos analistas seguem projetando uma possível redução de juros já em setembro.
Enquanto isso, representantes dos EUA e da China se reúnem nesta segunda-feira em Estocolmo para discutir a ampliação da trégua comercial. No entanto, autoridades norte-americanas alertaram que não são esperados avanços significativos nessas negociações, que deverão se concentrar na aplicação de compromissos já firmados.
Por que investir em ouro?
Mesmo com oscilações de curto prazo, o ouro continua sendo um ativo estratégico para investidores. Historicamente, ele tem se mostrado eficaz para três objetivos principais:
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Diversificação da carteira, por se comportar de forma independente das ações;
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Proteção contra a perda do poder de compra causada pela inflação;
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Preservação de valor em cenários econômicos extremos.
Por essas razões, o ouro costuma atuar como um “porto seguro” em momentos de instabilidade. Sua valorização recente reflete justamente essa busca por segurança em meio a incertezas globais.
Como investir em ouro: passos essenciais
Para quem deseja começar a investir nesse metal precioso, é recomendável seguir quatro etapas básicas:
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Definir seu objetivo com o investimento;
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Estabelecer a alocação ideal dentro da carteira;
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Escolher a forma de investimento (fundos, barras, ETFs, etc.);
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Considerar o prazo e a estratégia de saída.
Com o cenário econômico global ainda instável, o ouro deve continuar desempenhando um papel importante como instrumento de proteção e diversificação nas carteiras de investimento.